O Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) se tornou o epicentro de um escândalo de corrupção sistêmica, envolvendo fraudes e desvios de recursos que teriam como objetivo financiar a campanha de Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. As denúncias foram feitas pelo despachante David Cloky Hoffaman Chita, que alegou um esquema de propinas e manipulação de cadastros no órgão
O Esquema de Fraudes
Segundo relatos de servidores do Detran-MS, o esquema de fraudes já existia há anos, mas ganhou novos contornos em 2023 com a suposta proteção de Beto Pereira. Chita revelou que propinas eram pagas mensalmente, começando com R$ 30 mil e podendo chegar a R$ 300 mil próximo à eleição. O esquema contava com a participação de figuras-chave, como Thiago Gonçalves, assessor de Pereira, e Juvenal de Assunção Neto, ex-diretor adjunto do Detran.
Colaboração Premiada e Reações do MPMS
Na semana passada, Chita formalizou um pedido de colaboração premiada ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), revelando que repassou mais de R$ 1,2 milhão a Pereira e seu grupo. No entanto, o MPMS não se manifestou sobre o andamento do caso, e um ofício que vazou para veículos ligados à campanha de Pereira levantou suspeitas de interferência política nas investigações.
A História se Repete
Este não é o primeiro escândalo envolvendo o Detran-MS. Em 2020, investigações já haviam apontado corrupção e manipulação de multas, mas ações policiais enfrentaram dificuldades em chegar aos responsáveis devido a supostas “blindagens” políticas.
Operações Policial e consequências
Operações recentes da Polícia Civil, como a Operação Gravame, começaram a desmantelar o esquema, mas muitos envolvidos continuam impunes. Chita afirmou que tanto ele quanto Yasmin Osório Cabral, uma das funcionárias implicadas, foram usados como peças do esquema, enquanto os “chefes” permanecem intocáveis.
Reações e abertura de espaço para respostas
O Detran-MS se posicionou afirmando seu compromisso com a transparência e a legalidade, prometendo colaborar com investigações. Beto Pereira, Thiago Gonçalves e outros envolvidos não responderam às solicitações de comentários, mas a possibilidade de novos desdobramentos nas investigações ainda está em aberto.
Conclusão
As graves alegações sobre corrupção e fraudes no Detran-MS não apenas levantam questões sobre a integridade das instituições públicas em Mato Grosso do Sul, mas também sobre o impacto das fraudes em campanhas eleitorais. A sociedade aguarda respostas claras e ações efetivas que assegurem a responsabilização dos envolvidos.
Crédito : Midiamax
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