Entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, 42 pessoas de 11 cidades de Mato Grosso do Sul denunciaram às autoridades um golpe envolvendo uma plataforma de investimentos que prometia retornos financeiros extraordinários por meio de robôs de inteligência artificial (IA) operando no mercado financeiro. A plataforma, chamada CoreWeave, oferecia lucros de até 90% sobre o valor investido em aproximadamente 50 dias.
O Esquema
Os investidores, atraídos por promessas de altos retornos, inicialmente receberam pagamentos, o que os incentivou a reinvestir e a convidar novos participantes. Contudo, em janeiro de 2025, a CoreWeave interrompeu suas operações e deixou de realizar pagamentos. As tentativas de contato com a empresa foram infrutíferas, levando os investidores a perceberem que se tratava de um golpe.
Impacto e Investigações
O delegado Wellington de Oliveira, ouvidor-geral da Polícia Civil, informou que 42 boletins de ocorrência foram registrados, abrangendo um total de 69 vítimas. As denúncias vieram das cidades de Dourados, Campo Grande, Bela Vista, Brasilândia, Ponta Porã, Rio Brilhante, Aquidauana, Caarapó, Angélica, Costa Rica e Paraíso das Águas. As investigações revelaram que a empresa responsável pelo golpe possui um CNPJ vinculado a uma pessoa física residente em São Paulo.
Um dos casos mais notórios envolve um jovem de 25 anos que investiu R$ 25 mil após ser atraído por uma propaganda da CoreWeave nas redes sociais. Ele também indicou familiares para o esquema. Inicialmente, todos receberam os retornos prometidos, mas em janeiro de 2025, os pagamentos foram suspensos e a plataforma deixou de funcionar.
Alerta das Autoridades
As autoridades enfatizam a importância de realizar investimentos apenas por meio de instituições financeiras reconhecidas e regulamentadas. As vítimas são orientadas a registrar boletins de ocorrência para que as investigações possam avançar e os responsáveis sejam identificados e punidos.
Este caso serve como um alerta sobre os riscos de investir em plataformas que prometem lucros rápidos e elevados, sem a devida regulamentação e transparência.
Credito: Campo Grande News
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