Operação Nacional Combate Grupo que Incentivava Automutilação e Violência entre Adolescentes nas Redes Sociais

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Campo Grande (MS), 15 de abril de 2025 — Uma operação nacional deflagrada nesta terça-feira (15) desarticulou uma organização criminosa que atuava virtualmente aliciando adolescentes para práticas extremistas, automutilação e atos de violência. Batizada de Operação Adolescência Segura, a ação contou com o apoio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, que cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Campo Grande.

Coordenada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a operação ocorreu simultaneamente em sete estados brasileiros e foi articulada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), através do Laboratório de Operações Cibernéticas – CIBERLAB.

O objetivo da ofensiva foi desarticular um grupo que utilizava plataformas criptografadas, como Discord e Telegram, para atrair jovens em situação de vulnerabilidade. Segundo as investigações, o grupo disseminava conteúdos envolvendo automutilação coletiva, crueldade contra animais, discurso de ódio e até sugestões de ataques violentos. Os participantes mais ativos recebiam “recompensas simbólicas”, como forma de estímulo à continuidade das ações.

Em Mato Grosso do Sul, a operação contou com o apoio técnico de peritos criminais do Núcleo de Computação Forense do Instituto de Criminalística, que atuaram na coleta e início da análise de provas digitais. Ao todo, foram cumpridos cerca de 20 mandados de busca e apreensão, com 2 prisões temporárias de adultos e 7 internações provisórias de adolescentes infratores em diversos estados, incluindo Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.

O diretor da DIOPI/SENASP/MJSP, Dr. Rodney da Silva, ressaltou a importância da ação conjunta.

“Esta operação é fruto de um trabalho integrado, liderado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio fundamental das demais Polícias Civis e do Ministério da Justiça. Atuamos de forma cirúrgica para proteger adolescentes e impedir que práticas iniciadas no ambiente virtual causem danos reais à sociedade.”

Os investigados poderão responder por crimes como associação criminosa, indução à automutilação, maus-tratos a animais, entre outros. As penas somadas podem ultrapassar 10 anos de reclusão.

A Polícia Civil reforça seu compromisso no enfrentamento aos crimes cibernéticos e na proteção de crianças e adolescentes, destacando a importância da atuação integrada entre forças estaduais e federais.

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