sexta-feira , 11 outubro 2024
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PF cumpre mandados contra esquema que ameaça cortar Mais Social de quem não votar no PSDB

Na manhã desta terça-feira (18), a Polícia Federal (PF) realizou uma operação em Nioaque, a 183 km de Campo Grande, para investigar um suposto esquema de ameaças a beneficiários do programa Mais Social, do governo do Estado. O programa, voltado para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade, estaria sendo utilizado como ferramenta de coerção política em favor do candidato Dr. Juliano, do PSDB, apoiado pelo prefeito local, Valdir Júnior (PSDB).

Alvo da Investigação

O principal alvo da investigação é Taliel Vargas Couto de Souza, coordenador do programa em Nioaque e primo do atual prefeito. Segundo informações apuradas pelo Jornal Midiamax, Taliel teria ameaçado cortar benefícios de beneficiários que se recusassem a participar de reuniões políticas para apoiar Dr. Juliano. Entre as vítimas estaria uma mulher indígena, que, segundo relatos, foi alertada sobre a possibilidade de perder seu benefício.

Ação da PF

Durante a operação, agentes da PF apreenderam documentos e equipamentos na sede do programa Mais Social em Nioaque. As denúncias que motivaram a investigação foram formalizadas ao Ministério Público por três pessoas, incluindo uma liderança indígena que confirmou as ameaças feitas por Taliel.

Defesa e Reações

Taliel, através de seu advogado, Herberth Lima, negou as acusações, afirmando que se tratam de “falsas acusações” e de uma “derivação política” por parte de uma ex-agente do programa, que agora é candidata a vereadora e seria uma adversária política. Lima afirmou que o caso será esclarecido durante a instrução criminal.

Por sua vez, Dr. Juliano se disse alheio à ação policial, ressaltando que sua campanha é limpa e focada nas necessidades da população. O Governo do Estado também se manifestou, afirmando que tomará as devidas providências após a conclusão da apuração.

Silêncio do Prefeito e do PSDB

Valdir Júnior, o prefeito de Nioaque, optou por não comentar sobre a situação no momento, alegando falta de conhecimento dos detalhes. O presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, não respondeu a solicitações de posicionamento, e o partido também não se manifestou oficialmente.

A situação em Nioaque segue em desdobramento, com a população e as autoridades locais acompanhando de perto os desfechos dessa investigação que levanta questões sobre a integridade do uso de programas sociais em contextos eleitorais.

Conclusão

A operação da PF em Nioaque destaca a importância da fiscalização e do combate à corrupção, especialmente em períodos eleitorais. A interação entre programas sociais e a política deve ser transparente e ética, garantindo que os beneficiários não sejam vítimas de manipulação e coerção.

As investigações estão em andamento, e novos desdobramentos são esperados nas próximas semanas. O espaço continua aberto para atualizações e novos posicionamentos dos envolvidos

Crédito: Midiamax

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