Um piscineiro de 23 anos foi preso em Campo Grande após se envolver em uma confusão com policiais militares e incendiar sua própria motocicleta. O caso aconteceu no bairro Guanandi, no dia 30 de janeiro, e gerou polêmica, pois a defesa alega que a prisão foi arbitrária.
Abordagem e incêndio
Segundo o boletim de ocorrência, a confusão começou quando policiais militares identificaram a motocicleta do jovem, uma Honda CG Titan azul, estacionada sobre a calçada, obstruindo o trânsito de pedestres. Diante da infração, os agentes registraram a multa e iniciaram o procedimento para a remoção do veículo.
O piscineiro, ao perceber a abordagem, teria saído de casa alterado e começado a discutir com os policiais. Durante a verificação no sistema, os agentes constataram que a moto possuía débitos de licenciamento e multas acumuladas desde 2021, totalizando R$ 4.940,26. Os policiais deram um prazo de 40 minutos para que o jovem quitasse o valor e evitasse a apreensão do veículo, mas, sem condições de pagar, ele se revoltou com a situação.
Em um ato de protesto, o piscineiro abriu o tanque de combustível da motocicleta e ateou fogo no veículo com um isqueiro, filmando a cena com seu celular. O incêndio causou explosões e colocou em risco a rede elétrica da região, exigindo a intervenção do Corpo de Bombeiros para conter as chamas.
Diante do ocorrido, os policiais algemaram o jovem e o encaminharam para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Cepol), onde o caso foi registrado como incêndio criminoso e ameaça.
Decisão judicial e pedido de liberdade
No dia seguinte, em audiência de custódia, o juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira converteu a prisão em flagrante para preventiva. Na decisão, o magistrado classificou o crime como grave e violento, justificando a necessidade da prisão para garantir a ordem pública. O Ministério Público também se manifestou favorável à detenção.
Já a defesa do piscineiro considera a prisão desproporcional. O defensor público argumenta que o jovem é réu primário, tem ocupação fixa e é responsável pelo sustento da esposa e dois filhos pequenos. Além disso, anexou ao processo imagens do acusado exercendo sua profissão, reforçando que ele não representa risco à sociedade.
O caso segue em análise e a defesa tenta reverter a decisão para que o piscineiro possa responder ao processo em liberdade.
Credito: Correio do Estado
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