A Prefeitura de Campo Grande anunciou o desenvolvimento de um aplicativo inovador para auxiliar turistas e motoristas profissionais que percorrerão a Rota Bioceânica. A iniciativa foi revelada pela prefeita Adriane Lopes (PP) nesta terça-feira (18), durante o Seminário Internacional da Rota Bioceânica.
O aplicativo será uma ferramenta essencial para viajantes, oferecendo informações sobre rotas gastronômicas, industrialização, agronegócio e dados econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB) das regiões abrangidas. Segundo a prefeita, todas as cidades da rota que desejarem integrar o projeto podem entrar em contato com a equipe da prefeitura. “Vamos divulgar sua cidade, seu estado e seu país dentro deste aplicativo para que o Brasil e o mundo conheçam a Rota Bioceânica e as cidades que a compõem”, destacou Adriane.
Associação de municípios e monitoramento de saúde
Durante o evento, a prefeita também propôs a criação de uma associação de municípios da rota, visando preparar as cidades para o desenvolvimento futuro e tratar de questões secundárias, como protocolos de saúde.
Em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Campo Grande promoverá o monitoramento de saúde dos motoristas que utilizarão a rota. O estudo realizado em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) possibilita o acompanhamento e tratamento desses profissionais, identificando possíveis fragilidades e prevenindo problemas sanitários ao longo do trajeto.
Seminário Internacional e desenvolvimento da Rota
O Seminário Internacional da Rota Bioceânica, que teve sua recepção nesta terça-feira (18), contou com a inscrição de aproximadamente 1,6 mil participantes. Entre as presenças destacadas, além da prefeita Adriane Lopes, estavam o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), e o governador Eduardo Riedel.
O evento incluiu oito painéis simultâneos abordando temas essenciais para a rota, como educação, segurança, logística, turismo e sustentabilidade. Segundo o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, 24 municípios integram oficialmente o trajeto, mas os impactos econômicos e logísticos beneficiarão regiões muito mais amplas.
Rota Bioceânica e infraestrutura
A Rota Bioceânica faz parte do projeto de integração sul-americana, envolvendo 190 obras em 11 estados fronteiriços. Em Mato Grosso do Sul, três frentes de trabalho estão em andamento:
- Construção da ponte binacional Brasil-Paraguai sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (Paraguai);
- Contorno rodoviário para acesso à ponte na BR-267, em Porto Murtinho;
- Pavimentação de 225 km da Picada 500, estrada no Chaco paraguaio, que conecta a rodovia brasileira.
O restante da rota já está concluído, passando pelo Paraguai, Argentina e Chile, até o Deserto do Atacama. Melhorias serão realizadas nas aduanas e na ponte binacional sobre o Rio Pilcomayo, entre Pozo Hondo (Paraguai) e Misión La Paz (Argentina).
Com esse avanço, a Rota Bioceânica se consolida como um dos mais importantes corredores logísticos e turísticos da América do Sul, prometendo impulsionar o desenvolvimento das cidades envolvidas e fortalecer a economia da região.
Deixe um comentário