domingo , 8 dezembro 2024
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Professor de escola municipal em Campo Grande é investigado por humilhar alunos durante aula

Na tarde de terça-feira (5), um professor de uma escola municipal em Campo Grande foi alvo de uma investigação após ser acusado de humilhar alunos durante uma aula. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) está apurando o caso, e a Polícia Civil registrou um boletim de ocorrência relatando ofensas graves direcionadas a crianças com idades entre 10 e 12 anos.

O Caso

Segundo relatos dos alunos e informações obtidas pela Polícia Civil, o incidente ocorreu quando o professor pediu que os estudantes formassem uma fila dentro da sala de aula. No entanto, os alunos entenderam erroneamente que a ordem se referia à formação de uma fila no pátio da escola e se deslocaram para lá. Essa confusão gerou uma reação agressiva do professor, que, irritado, começou a proferir insultos contra as crianças.

Entre as ofensas registradas, o professor teria dito aos alunos que “não tinham futuro”, que eram “burras” e que seus pais não tinham condições financeiras de pagar uma faculdade particular, fazendo uma referência depreciativa à condição econômica das famílias. Em um momento de extrema hostilidade, o educador chegou a mandar que os alunos se “f****”, além de fazer comentários cruelmente pessoais, como dizendo a um aluno que sua mãe “deveria ter vergonha” de tê-lo parido.

O caso, que gerou grande repercussão entre a comunidade escolar, foi prontamente comunicado à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), onde foi registrado. As vítimas receberam apoio psicossocial após o episódio, que está sendo minuciosamente investigado pela polícia e pela Semed.

Testemunhos e Outras Ofensas

O boletim de ocorrência também menciona outros relatos de humilhação, incluindo a criação de rimas ofensivas feitas pelo professor, nas quais ele chamava um dos alunos de “animal” e, em outra situação, de “babaca” e “idiota”. Tais comportamentos foram documentados na ata escolar, e a mãe de uma das alunas denunciou o ocorrido.

Em resposta à situação, o diretor da escola se manifestou em um grupo de WhatsApp com as mães dos alunos, onde assumiu a responsabilidade pelo ocorrido e expressou seu pesar. “Não compactuamos com essas atitudes”, afirmou o diretor, acrescentando que ele já havia conversado com os alunos e que os fatos foram documentados, com relatos de cinco estudantes. Ele também se desculpou com as famílias pelo comportamento do professor.

Posicionamento da Semed e da Polícia Civil

Em contato com o Jornal A Onça, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) confirmou que o caso está sendo apurado. A secretaria afirmou que repudia qualquer atitude de violência ou desrespeito dentro das escolas e que medidas serão tomadas conforme os resultados da investigação.

A Polícia Civil, por sua vez, segue com a apuração do caso para avaliar a gravidade das acusações e se os atos cometidos pelo professor configuram crimes de violência psicológica contra as crianças.

Repercussão e Medidas

O caso gerou um grande debate sobre o comportamento de educadores dentro das escolas e sobre a importância do respeito e da dignidade no ambiente escolar. Enquanto a investigação segue, a comunidade escolar e as famílias dos alunos afetados aguardam um posicionamento definitivo sobre as medidas disciplinares que podem ser aplicadas ao professor.

A situação também trouxe à tona questões relacionadas à formação e acompanhamento de professores, especialmente no que diz respeito ao tratamento adequado das crianças, que devem ser protegidas não apenas contra agressões físicas, mas também contra qualquer tipo de violência psicológica que possa prejudicar seu desenvolvimento e bem-estar.

A expectativa agora é de que as autoridades tomem as providências necessárias para garantir a segurança emocional dos alunos e a responsabilização do educador, caso as acusações sejam confirmadas.

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