A candidata à prefeitura de Campo Grande, Rose Modesto (União Brasil), apresentou uma denúncia formal à Superintendência da Polícia Federal nesta quarta-feira (4), relatando ataques e a disseminação de fake news direcionadas contra ela nas redes sociais. Segundo Modesto, as mensagens e vídeos espalhados, principalmente pelo WhatsApp, buscam comprometer sua imagem e prejudicar sua campanha eleitoral.
Em um relato detalhado, a ex-deputada federal afirmou que as fake news em questão contêm acusações infundadas e manipulações de fatos, como associações falsas a escândalos de corrupção e irregularidades no financiamento de campanha. Modesto desmentiu especificamente as alegações de que sua campanha seria financiada por partidos adversários e que ela estaria envolvida em episódios de corrupção em cidades do interior.
“São vários vídeos. Uns dizendo que eu tenho minha campanha financiada por outros partidos que não é o meu, que é uma mentira. Minha campanha é financiada pelo União Brasil. Vídeo dizendo que eu votei para diminuir salário de professor convocado. Eu nunca fui deputada estadual, ou seja, nunca votei e nem vice-governadora eu era mais. Vídeo dizendo que eu estou envolvida em casos de corrupção em cidades do interior que não tem nexo nenhum, nenhuma verdade, mais uma mentira. Então são diversos”, explicou a candidata.
Um aspecto alarmante da denúncia de Rose Modesto é a origem dos ataques. Ela revelou que os disparos das fake news provêm de números com códigos de área registrados fora do Brasil, o que sugere a participação de uma rede organizada com financiamento significativo.
“Tem financiamento de grana, e não é pouco, porque são disparos e disparos feitos com robôs de fora, registrado com o número de telefone de outros países, então tem grana envolvida nisso. Certamente a expertise da Polícia Federal vai levar, de alguma forma, a descobrir quem está por trás disso”, destacou Modesto.
A disseminação de fake news tem se tornado um problema crescente nas campanhas eleitorais brasileiras, afetando diretamente a credibilidade dos candidatos e influenciando a decisão dos eleitores. O combate a essas práticas tem sido intensificado pela Justiça Eleitoral e pela Polícia Federal, apesar dos desafios impostos pela sofisticação das técnicas utilizadas pelos responsáveis.
O Código Eleitoral e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbem a propagação de informações falsas durante o período eleitoral, prevendo sanções criminais para quem disseminar conteúdos fraudulentos. A pena para tais infrações varia de detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de 120 a 150 dias-multa, com penalidades mais severas em casos de veiculação pela mídia.
Rose Modesto espera que a investigação da Polícia Federal ajude a identificar os responsáveis e a combater a desinformação que está impactando sua campanha.
Deixe um comentário