Crédito : Correio do Estado
Na semana passada, uma reunião entre o ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, atual presidente do PSDB no estado, o governador Eduardo Riedel (PSDB), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou uma possível migração de ambos para o Partido Liberal (PL) a partir de 2025. A informação foi confirmada ao Correio do Estado por uma fonte que esteve presente no encontro, realizado no escritório de Bolsonaro, em Brasília (DF).
Azambuja, que estava em viagem de lazer na ocasião, participou da reunião por videochamada. Além de Bolsonaro, o encontro contou com a presença do senador Rogério Marinho (PL-RN), figura central na aliança entre o PL e o PSDB nas eleições municipais deste ano, que desfez o pacto anterior entre a senadora Tereza Cristina (PP) e o ex-presidente para apoiar candidatos progressistas no estado.
A aliança entre o PL e o PSDB, firmada nas últimas eleições municipais, já apontava que, após os pleitos de 2024, Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel fariam a transição para o PL, com Azambuja concorrendo ao Senado e Riedel buscando a reeleição como governador em 2026. Durante a campanha, chegou-se a especular que Azambuja poderia desistir da migração para o PL e que Riedel estaria em dúvida entre o PP, liderado por Tereza Cristina, ou o PSD, de Gilberto Kassab. Contudo, a reunião da semana passada reforçou o compromisso com o PL, mostrando que a aproximação com o partido de Bolsonaro está mais sólida do que nunca.
A articulação e as alianças políticas
O senador Rogério Marinho, responsável pela articulação dessa migração, tem a missão de expandir a base do PL, especialmente entre senadores e deputados federais, para garantir uma maioria no Congresso Nacional em 2026, caso Bolsonaro consiga reverter sua inelegibilidade. A reunião também discutiu a possível migração de deputados estaduais do PSDB para o PL, como a deputada Mara Caseiro, que busca uma vaga na Câmara dos Deputados.
Apesar disso, os três deputados federais tucanos de Mato Grosso do Sul — Beto Pereira, Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira — não devem seguir o mesmo caminho, mantendo suas linhas ideológicas dentro do PSDB.
Alianças e mudanças no cenário estadual
Com a reeleição de Riedel e a candidatura de Azambuja ao Senado, uma nova aliança política pode ser formada em Mato Grosso do Sul. O vice-governador na chapa de Riedel seria indicado pelo MDB, de André Puccinelli, enquanto a segunda vaga ao Senado ficaria com o PP. Caso essa aliança seja consolidada, é esperado que o PT, que atualmente integra a administração de Riedel, deixe a coalizão, provocando mudanças no secretariado estadual e nos escalões inferiores do governo, onde há forte presença petista.
Reinaldo Azambuja se pronuncia
Em resposta à matéria, o ex-governador Reinaldo Azambuja afirmou que não participou da reunião com Bolsonaro, nem por videochamada, como informado anteriormente. Azambuja estava pescando no Rio Amazonas, em uma região sem sinal, e confirmou que o encontro ocorreu entre Riedel e Marinho. O tucano informou que, nesta semana, conversará com o governador para entender os desdobramentos da reunião, mas não adiantou se sua migração para o PL será confirmada em 2025.
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