sexta-feira , 27 dezembro 2024
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Camila Jara critica ações da PM e enfrenta nota de repúdio da Associação de Cabos e Soldados

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul (ACS) emitiu uma nota pública repudiando a postura da deputada estadual Camila Jara (PT) durante uma abordagem policial na madrugada do último domingo (20), no centro de Campo Grande.

Segundo a ACS, a parlamentar teria agido de forma “descabida e inoportuna”, embaraçando o trabalho dos militares que fiscalizavam bares na região central da cidade, especialmente nas ruas 14 de Julho e Avenida Calógeras. A entidade reforçou que é função da Polícia Militar realizar policiamento ostensivo e preventivo para preservar a ordem pública.

Embate durante fiscalização

De acordo com o relato, Camila Jara teria questionado a frequência das ações policiais em bares na área e insinuado preconceito por parte dos agentes em relação a determinados estabelecimentos. Em um vídeo que circula nas redes sociais, a deputada aparece questionando os militares sobre o tratamento dado a comércios de diferentes perfis e criticando a ausência de uma policial feminina para abordar uma proprietária no local.

“Ah, então vocês têm preconceito de classe”, afirmou a deputada em um trecho do vídeo.

Camila relatou ainda que, em um dos bares fiscalizados, teve uma arma apontada para ela e outros frequentadores. A situação, segundo a parlamentar, só foi resolvida após sua identificação como deputada estadual.

ACS e PM defendem atuação

A ACS, por meio de sua nota, classificou a intervenção de Camila como prejudicial ao trabalho policial e à segurança pública. “Sua postura compromete a segurança e o interesse público na manutenção da ordem”, declarou a entidade.

A Polícia Militar, por sua vez, explicou que as ações do 1° Batalhão, responsável pela segurança da área central, têm como objetivo coibir crimes como perturbação do sossego e poluição sonora, além de verificar alvarás de funcionamento. A instituição reforçou que recebe diversas denúncias diárias de moradores incomodados com a atividade de bares e similares.

Ação contínua e repercussões

O episódio reacende o debate sobre o equilíbrio entre fiscalização policial e a liberdade de funcionamento dos estabelecimentos comerciais. Enquanto a deputada Camila Jara defende que o policiamento seja feito de forma justa e ampla, contemplando diferentes regiões e perfis de negócios, a ACS sustenta que a atuação policial busca atender às demandas da população e preservar a ordem pública.

Até o momento, o caso segue repercutindo nas redes sociais, dividindo opiniões entre apoiadores da parlamentar e aqueles que defendem a atuação da Polícia Militar no centro da capital sul-mato-grossense.

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