Os motoristas do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo em Campo Grande, ameaçam suspender os serviços na próxima segunda-feira (25) caso não haja acordo sobre o reajuste salarial. A categoria reivindica um aumento de 8% nos salários e o reajuste do vale-alimentação de R$ 250 para R$ 350.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU), Demétrio Ferreira, a data-base da categoria é em outubro, e, desde então, quatro reuniões já foram realizadas sem sucesso. Atualmente, os motoristas recebem R$ 2.749 de salário, 9% de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), além de plano médico e odontológico.
“Estamos em fase de negociação salarial, e, se não houver acordo até segunda-feira, faremos um protesto de um dia, com paralisação e edital de greve para os próximos dias. O Consórcio pediu tempo por causa das eleições, mas, até agora, nada mudou. É um direito nosso”, afirmou Ferreira.
O Consórcio Guaicurus, segundo o sindicato, ofereceu apenas 4%, correspondente à reposição da inflação. “A insatisfação da categoria é muito grande. Precisamos de ganho real. Segunda-feira é um dia estratégico e terá grande impacto na cidade”, completou o presidente do STTCU.
A reportagem entrou em contato com o Consórcio Guaicurus, que informou que irá verificar a situação.
Nova tarifa em vigor
Em março deste ano, foi reajustada a tarifa do transporte coletivo em Campo Grande. A passagem passou de R$ 4,65 para R$ 4,75, um aumento de R$ 0,10 (2,94%). Para órgãos públicos, o valor é de R$ 5,95. Já em datas especiais, como Natal e Ano Novo, a tarifa foi fixada em R$ 1,90, válida somente para pagamento com cartão eletrônico.
Se a paralisação ocorrer, o impacto será significativo, dado que o transporte coletivo é o principal meio de locomoção de grande parte da população de Campo Grande.
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